domingo, 30 de agosto de 2009

Como Fazer Cinema


PRIMERA LECCIÓN
Sentarse desde que amanece hasta que anochece frente a un árbol sintiendo la luz. Volver siete días seguidos y hacer lo mismo.

SEGUNDA LECCIÓN
Volver en la noche con una linterna e iluminar el árbol desde infinitos puntos.

TERCERA LECCIÓN
Colocarse a un kilómetro del árbol. Mirarlo fijamente y avanzar centímetro por centímetro hacia él hasta que después de algunas horas se tope la corteza con la nariz.

(Las dos primeras lecciones sirven para desarrollar el sentido de la luz. La tercera para desarrollar el sentido de la distancia.)

CUARTA LECCIÓN
Colocarse en un interior o paisaje y moverse pensando que el propio pecho fotografía, luego que la cara fotografía, luego el sexo, luego las manos.

QUINTA LECCIÓN
Ponte en un lugar y siente que eres el centro de él. Luego siente que estás siempre en la superficie alrededor del lugar. Al final rompe la idea de centro y superficie. Estás ahí, todo está en ti y fuera de ti al mismo tiempo. Eres aparte del lugar. Existe el lugar. ¡Tú has desaparecido!

SEXTA LECCIÓN
Busca el color en lo que no tiene color. Toma una página blanca y ve sus colores. Toma una página negra y ve sus colores. Ve los colores de un vidrio transparente. Descubre el arco iris en un pedazo de tierra, en un escupo, en una hoja seca. Expresa el color con materiales sin color. En verdad te pregunto, ¿sabes cuántos colores tiene la piel de tu cara?

SÉPTIMA LECCIÓN
Siente las yemas de tus dedos como si fueran la punta de tu lengua. Apoya las yemas en los objetos del mundo pensando que son frágiles, que la menor presión los puede quebrar. Pídeles permiso antes de tocarlos. Antes de apoyar los dedos en su superficie, siente cómo penetras en su atmósfera. Aprende a sentir y a acariciar con respeto. Cualquier acción que hagas en el mundo con tus manos o tu cuerpo puede ser una caricia.

OCTAVA LECCIÓN
Piensa que los actores viven dentro de un cuerpo como centro de una caverna. Pídeles que no griten con su boca, sino dentro de su boca. Que no expresen con la cara, sino que sientan debajo de la cara. cuando me desespero, desde adentro, doy puñetazos dentro de mi pecho que está inmóvil frente a la cámara. No me expreso con movimientos, sino con vibraciones. Vivo debajo de la superficie. La superficie del río no se mueve, pero tú sabes que lleva corrientes profundas.

NOVENA LECCIÓN
No importan los movimientos de la cámara. Ella debe moverse sólo cuando no se puede quedar quieta. Tú llevas el alimento en la mano. La cámara es un perro. Hazla que con hambre siga al alimento. El hambre hace que el animal se borre. No hay perro, hay hambre, no hay cámara. Hay acontecimientos. Nunca te puedes comer la manzana entera en el mismo instante. Tienes que dar mordiscos. Mientras comes tienes una parte. Debes saber que el trozo que mascas no es la manzana entera. Nunca puedes tener la manzana entera en la boca porque por muy grande que sea tu boca, no puede caber en ella el fruto que es parte del árbol ni el árbol que es parte de la tierra. La pantalla es tu boca. Allí entran pedazos. Partes del accidente. No intentes trabajar con tomas absolutas. No creas que existe la toma mejor. A la manzana la puedes morder en cualquier sitio. Si la manzana es dulce, no importa por dónde empieces a comerla. Preocúpate de la manzana, no de tu boca. ¡Cineasta! Antología de fragmentos, tú también un fragmento; tu película inconclusa, eres parte, eres continuación. No hay cierres. Mata la palabra fin. Empezarás una película el día en que te des cuenta que simplemente continúas. No busques el prestigio. Desdeña los efectos. No adornes. No pienses lo que la imagen va a producir. No la busques. Recibe las imágenes. La caza está prohibida. La pesca permitida.

DÉCIMA LECCIÓN
Nunca trabajes en el papel tus movimientos de cámara. Llega a los sitios pensando que no vas a mover la cámara, que no vas a iluminar, que no vas a inventar. Llega vacío, sin la menor intención. Echa a andar el motor de la cámara y vive. No crees escenas, crea accidentes. Esos accidentes no los crees en dirección a la cámara. Tú no estás haciendo una película, estás metido en un accidente. Parte del accidente son tus movimientos de la cámara.

DÉCIMO PRIMERA LECCIÓN
Y de pronto el gran placer. Una toma pensada con la cámara opinando con luz artificial, con "Actuaciones" (¡un verdadero postre!).

En verdad te digo, por este camino puedes llegar a hacer películas de Hollywood de los años 40. si quieres ser un gran cineasta de vanguardia, vuelve a filmar "Lo que el viento se llevó", exactamente igual, con actores de cuerpos gemelos a los de Clarck Gable y Vivien Leigh. Si logras que tu películas no pueda distinguirse de la original, has pasado a la historia
Alejandro Jodorowsky

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

TV de Bolso em Alegre


A partir de segunda-feira ( dia 24) estarei em Alegre para participar da Semana de Arte do Município e do Entre Comunidades. Lá ministrarei a oficina TV de Bolso, cujo objetivo é facilitar a difusão da cultura local utilizando vídeo de baixa resolução e a web. Para participar da oficina basta ter um celular que grava imagens, ou câmera fotográfica, ou aparelhos tipo MP9, etc.

Também participo com o Cineclube Curta a Educação da programação do evento. Filicio Mulinari, bolsista do Ação Audiovisual, ministrará a oficina de Montagem de Cineclube.

Confira a programação completa da semana na agenda do overmundo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Inscrições prorrogadas

A V Mostra da Produção Independente da ABD prorrogou inscrições para a mostra competitiva até dia 20 de agosto. Participe! Mais informações no site.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Curta a Educação



Segunda-feira, dia 17 de agosto, surge mais um espaço de reflexão sobre o cinema na Ufes. É o Cineclube Curta a Educação. A proposta do Cineclube Curta a Educação é propiciar um espaço de reflexão sobre o cinema, o vídeo e o seu uso na Educação.

Unindo o projeto de extensão Ação Audiovisual, vinculado ao Programa Entre Comunidades, coordenado por Marlene Martins, ao projeto de pesquisa da mestranda em Educação pelo PPGE Claudia Rangel, na linha de pesquisa Educação e Linguagens, o cineclube Curta a Educação surge como espaço de difusão de obras cinematográficas nacionais e debate de idéias sobre a educação e o cinema. De início o Cineclube conta com a parceria da Programadora Brasil, organização ligada ao Centro Técnico do Audiovisual que atualmente tem um dos maiores catálogos de filmes nacionais de longa e curta metragem. Novas parcerias poderão surgir, ampliando ainda mais as possibilidades de exibição. Apoiando o projeto temos ainda o Polo Arte na Escola e o Centro de Educação.

Os objetivos do Curta a Educação são: proporcionar um espaço de exibição e discussão sobre o cinema e as produções audiovisuais, com ênfase nas produções nacionais; e promover a cultura cinematográfica para os alunos, servidores e docentes da Universidade, bem como demais pessoas interessadas nas relações entre cinema e Educação.

O Cineclube Curta a Educação funcionará no auditório do Centro de Educação (IC IV), durante algumas terças-feiras do segundo semestre de 2009. As sessões serão previamente divulgadas nos murais da universidade e nas listas de e-mail recolhidos durante as exibições.

Para marcar o lançamento, nos dias 17, 18 e 19 de agosto haverá uma programação mais intensa com o tema visões do Brasil.

Confira a programação de abertura:

1- 17/08/09 – 18h - O Brasil caipira no filme: A Marvada Carne, André Klotzel;

2- 18/08/09 – 9h – Cangaço e coronelismo na visão de Glauber Rocha com Deus e o Diabo na Terra do Sol;

3- 19/08/09 – 14h – Gênese do povo brasileiro na visão de Mário de Andrade com Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Parceria boa

O site Overmundo e a TV Brasil sempre estiveram próximos em seus interesses, difundindo conteúdo independente, dinamizando uma estrutura em rede descentralizada, buscando fugir do convencional e dando a devida importância à cultura produzida por brasileiros. Agora ambos se uniram para dar forma a uma idéia muito bacana: difundir na TV Brasil os vídeos postados na rede overmundo.

O Outro Olhar é um quadro de jornalismo participativo da TV Brasil, que tem cerca de 3 minutos e vai ar no telejornal Repórter Brasil, às 21 horas. Nele, vão ao ar vídeos não-ficcionais produzidos de forma independente (pontos de cultura, grupos sociais e cidadãos comuns, alguns de cinegrafistas amadores mesmo) que relatam um pouco das experiências locais e de manifestações culturais no Brasil.

Quem já ficou curioso pode dar uma olhada nos programas que foram ao ar no canal Outro Olhar no YouTube. Aos poucos, esses vídeos que estão lá serão postados também no Overmundo, incrementando o acervo em Creative Commons no Banco de Cultura do site. Para isso foi criado o perfil do Outro Olhar no Overmundo.

Além disso, o pessoal da produção do Outro Olhar (Patrícia Leite e Guilherme Strozi) está de olho no que está circulando no Banco de Cultura do site. Vídeos que tenham o perfil do quadro, com um cunho de registro documental ou um relato jornalístico mesmo que cru, poderão ir ao ar na TV Brasil, em horário nobre.

O primeiro vídeo a ir ao ar, no último dia 29, foi o Catando a sobrevivência, de Denilson Alves e Jhonatas Vicente. A Equipe Overmundo entra em contato com os autores sempre que seus vídeos são selecionados pela produção do Outro Olhar. Em alguns casos, é necessário lançar mão de recursos de edição (geralmente os vídeos devem ficar com cerca de dois minutos, para se encaixarem na grade da emissora) ou legendagem (nos casos em que o áudio estiver prejudicado).

Os vídeos serão selecionados pela equipe do Outro Olhar, com base nos critérios editoriais do quadro. Fica aí então o convite para que a comunidade do overmundo colabore, fazendo a sua parte: conhece uma festa tradicional, entrevistou um artista singular desconhecido, foi a um lugar incrível, poste um registro em vídeo no Overmundo.